SEO e AIO: o futuro do conteúdo na internet

O mercado ainda está se habituando às práticas de SEO (Search Everywhere Optimization) e uma nova sigla já surge para movimentar as bases do ranqueamento de conteúdo na internet: o AIO, Artificial Intelligence Optimization

Enquanto o SEO determina o uso de palavras e termos chave que tenham alto potencial de conversão, a AIO parte para a estruturação de dados e recursos multimídia. Se até agora, a orientação era usar de forma estratégica links externos, internos, títulos e intertítulos; a nova ordem sugere estruturar informações, como as respostas de um FAQ, exatamente no formato que os assistentes de IA usam para gerar seus resultados. Confira, neste artigo, as diferenças entre SEO e AIO e o contexto nos qual essas “placas tectônicas” se mostram ainda em pleno movimento.

Sigla cada vez mais usada no contexto da comunicação digital, o SEO (Search Everywhere Optimization) surgiu para decodificar o funcionamento dos motores busca, como o Google, e oferecer um conjunto de técnicas para melhorar a visibilidade de um site nos resultados orgânicos apresentados por essas plataformas.

O objetivo é aumentar o tráfego qualificado para os sites, atraindo usuários interessados no conteúdo oferecido. E os resultados já podem ser sentidos. Segundo o portal especializado SagaPixel, 59% das campanhas de SEO geram ROI (retorno sobre investimento) positivo dentro de até 12 meses.

Ocorre, porém, que mal o SEO começou a mostrar a que veio e uma outra sigla já surgiu no cenário: o AIO, ou Artificial Intelligence Optimization. Uma abordagem dentro do SEO – ou mesmo uma evolução dele, se considerarmos a onipresença que se espera da Inteligência Artificial – e que, como o nome já sugere, se concentra na otimização de conteúdo para algoritmos de IA.

SEO e AIO: algoritmos de IA

Com o crescimento do uso de IA em motores de busca, e outros sistemas baseados em machine learning, é essencial que o conteúdo seja estruturado e formatado de maneira a ser compreendido e priorizado por essa tecnologia e pelos agentes de IA (treinados a partir dela). O AIO garante, portanto, que o conteúdo seja relevante e visível para algoritmos de IA, aumentando a probabilidade de alcançar o público-alvo com precisão.

Acompanhar essa evolução se mostra fundamental principalmente se levarmos em conta a mudança de comportamento diante dos recursos de navegação e do uso da internet como um todo. Segundo informações da Agência Brasil, uma pesquisa conduzida pela ABMES – Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior apontou que sete de cada dez estudantes universitários (ou jovens que demonstram interesse em cursar uma faculdade) utilizam frequentemente ferramentas de inteligência artificial (IA) na rotina de estudos e pesquisas.

O novo hábito, no entanto, não se restringe às novas gerações. Outro levantamento na área – este feito em parceria entre a ESPM e consultoria Conversation, divulgado pela Forbes Brasil – mostrou que 93% dos brasileiros conectados já usaram ferramentas como ChatGPT, Gemini ou Copilot – e 98% conhecem esse tipo de tecnologia.

SEO e AIO: qual a diferença?

Aplicar cada uma dessas técnicas envolve copy e TI. Ou seja, de um lado, o conteúdo precisa ser criado de olho nesses resultados; de outro, há ajustes técnicos que os sites dos institucionais aos e-commerces – precisam providenciar para se beneficiar desses recursos.

Alguns exemplos: no SEO, faz parte das práticas utilizar ferramentas como Semrush e o próprio Google Analytics para identificar termos de busca com alta conversão e criar conteúdo alinhado com essas intenções. É feito também um uso estratégico de títulos, meta descrições, URLs amigáveis e estrutura clara de intertítulos (ou os chamados headings: H1, H2 etc.) para melhorar a compreensão por buscadores convencionais.

Já quando falamos de AIO, são feitas descrições detalhadas e estruturadas de dados e recursos multimídia. Por exemplo, um e-commerce passa a preparar conteúdos com contexto ampliado e dados visuais (fotos, vídeos) para melhor a interpretação das informações por ferramentas de IA. E note: falamos aqui em interpretação, não mais apenas em localização das informações.

Há também o uso de arquivos como “llms.txt” e “robots.txt” para facilitar o processo por meio do qual os chamados modelos de linguagem de grande porte (Large Language Models, como ChatGPT, Gemini ou Claude) coletam informações da internet para treinar ou atualizar suas respostas.

Outra técnica é estruturar repostas – em seções de FAQ, por exemplo – exatamente no formato que esses assistentes de IA usam para gerar as chamadas quick answers, ou seja, as frases objetivas e relevantes geradas para perguntas cada vez mais específicas.

Seria o fim do SEO?

Possivelmente, a resposta mais sensata para essa pergunta é: ainda não sabemos. Claro que a internet já está cheia de “gurus” declarando a morte do SEO tradicional e a chegada de um novo “rei”, o AIO. Mas o fato é que, quando o assunto é tecnologia, a observação atenta é sempre aconselhável.

Em geral, especialistas de SEO ainda estão entendendo essa evolução para o AIO, mas com tantas placas ainda em movimento no que diz respeito à própria IA, é arriscado aconselhar uma realocação total de recursos, por exemplo. Uma boa dica seria: cerque-se do máximo possível de informações confiáveis e não perca o bonde das atualizações que, de fato, sejam necessárias e façam sentido para sua marca e seus clientes.

Fontes:

Agência Brasil
Forbes Brasil
Portal SagaPixel

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