Embora sejam conceitos diferentes, investir em ambos é fundamental para organizações de qualquer setor
Termo já antigo no mundo corporativo, o compliance diz respeito ao conjunto de práticas de uma organização que tem como objetivo fazer cumprir normas legais e regulamentares, políticas e diretrizes estabelecidas para um negócio e para as atividades da empresa.
E, mais do que isso, inclui evitar, detectar e combater desvios ou inconformidades. Não à toa, o mundo todo adotou a palavra original do inglês, que vem do verbo “to comply” – “cumprir”, em português.
Já a sigla ESG – de “ambiental, social e governança corporativa” – segue na mesma linha, mas não é um sinônimo. Segundo explica a advogada especialista Patricia Punder, muitas empresas têm falado em ESG sem apresentar um programa de compliance e isso pode ser perigoso. “O ESG é o telhado que se coloca por último. Sem fundação sólida, a casa cai”, alerta.
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A relação entre compliance e ESG
Segundo Ana Paula Candeloro, coautora do livro “Compliance 360º: Riscos, Estratégias, Conflitos, Vaidades Mundo”, antes de surgir a temática ESG como pauta nas empresas, muitas trabalhavam iniciativas de sustentabilidade ambiental, impacto social ou de governança de forma isolada, sem atrelar à estratégia do negócio.
O objetivo era minimizar possíveis resultados negativos de suas atividades, só que de forma pontual. Hoje, conforme esclarece a autora, vemos uma urgência em uma abordagem de gestão mais holística e transversal, que promova a associação dos temas ESG e ODS, além de uma melhor clareza sobre um propósito maior para os negócios.
Nesse contexto, o compliance pode ajudar a guiar as organizações em suas ações, buscando maior assertividade para iniciativas de sustentabilidade e impacto social, entre outras. E claro que compliance e ESG têm muito em comum: ambos envolvem ética e respeito. E a combinação entre os dois pode potencializar os resultados de cada um.
Confira aqui alguns benefícios de se conciliar compliance e ESG:
Evitar as diversas versões de “washings”;
Garantir um compromisso mais efetivo e continuado, com programas duradouros, métricas e avaliações mais sólidas;
Endereçar o tema como pauta fixa em reuniões de diretoria, abrindo espaço para agendas como a da crise climática e a da inclusão social;
Auxiliar na obtenção de certificações;
Inibir práticas desleais e atos de corrupção e fraude dentro das empresas;
Estimular engajamento de stakeholders externos.
Com informações do site https://distrito.me/