COP30: conheça os bastidores do time que está construindo a conferência do clima no Brasil

Quem é quem nos bastidores da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, um evento global que reúne líderes, cientistas e representantes da sociedade civil para discutir e tomar decisões sobre o combate às mudanças climáticas

A COP30, que acontecerá entre 10 de novembro e 21 de novembro de 2025, em Belém (PA), será um marco histórico para o Brasil. Embora ainda faltem alguns meses, o trabalho para tornar isso realidade já começou. Todo um time técnico e político se articula em múltiplas frentes: da logística à mobilização, da negociação internacional à agenda de ação climática. Neste post, reunimos um panorama da estrutura por trás da preparação da COP30, com base no mapeamento realizado pela iniciativa Política Por Inteiro.

A COP30 e seus quatro pilares

A preparação da conferência no Brasil gira em torno de quatro pilares centrais: Presidência, Negociação, Mobilização e Agenda de Ação. Eles estão interligados por uma rede de pelo menos 12 estruturas que organizam o trabalho em curso, incluindo instâncias nacionais, estaduais e internacionais.

Entre os agentes que compõem a organização, alguns merecem destaque, como:

Coordenação e Articulação Geral – Liderada pela Secretaria Extraordinária da COP30, ligada ao governo federal, e pelo Comitê Estadual da COP30, no Pará.

Círculos de Lideranças – Reúnem representantes de diferentes setores, incluindo ministros, líderes de povos tradicionais, lideranças jovens, enviados especiais e campeões do clima (climate champions).

Champions e Enviados Especiais – Atuam como embaixadores temáticos da COP30, levando as mensagens da conferência a outros fóruns e negociações.

Logística – Área responsável por viabilizar a estrutura física e operacional do evento, em coordenação com esferas estaduais e municipais.

COP 30 e as cartas da Presidência

Outro ponto de destaque é a estratégia de comunicação adotada pela Presidência da COP30, que tem se manifestado por meio de cartas temáticas. As duas primeiras abordaram a mobilização; a terceira focou nas negociações. As próximas devem tratar da Agenda de Ação e da própria Cúpula de Belém.

Essa abordagem reforça a intenção de garantir transparência, articulação e engajamento amplo – do Brasil com o mundo, e do mundo com a Amazônia.

Mas assumir a presidência da COP não é apenas organizar o evento. É, de fato, liderar politicamente a principal conferência climática do planeta. Isso envolve articulações técnicas, diplomáticas e sociais que já estão em curso desde a Conferência de Bonn (Alemanha), que funciona como um “ensaio geral” para a COP, definindo a agenda e aprofundando temas relevantes para as negociações finais.

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