As consequências da crise climática não são mais algo a se evitar no futuro. Elas já são uma realidade hoje.
O planeta tem se comportado de forma confusa há décadas e hoje vemos de que forma problemas antes considerados “típicos” de uma determinada região são, na verdade, sintomas de um mundo em desiquilíbrio.
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O ano de 2022, a exemplo dos anteriores, foi pródigo em nos mostrar imagens de desastres que, de tão evitáveis, muitos especialistas relutam em usar o temo “naturais”.
Das enchentes no Brasil à tempestade de neve que matou 20 turistas no Paquistão, passando pelo verão europeu que, no ano passado, trocou o charme pela catástrofe ao vitimar ao menos 15 mil pessoas.
Reunimos algumas cenas que mostram como, no que toca a crise climática, o temido futuro já chegou.
Paquistão – janeiro
Mais de 20 turistas morreram depois que seus veículos ficaram presos devido a uma forte nevasca numa estação montanhosa perto da capital Islamabad.
Brasil – janeiro
As fortes chuvas causaram deslizamentos e alagamentos na região em Honório Bicalho, Minas Gerais. Segundo as autoridades, 10 pessoas morreram em dois dias e o número de afetados era superior a 17 mil pessoas. As chuvas que caíram em Minas Gerais em janeiro de 2022 deixaram quase a metade dos municípios em situação de emergência.
Índia – março
Calor mais forte em 100 anos incendiou vários pontos na Índia. Em um dos casos, um aterro sanitário ardeu por 4 dias espalhando sujeira tóxica por todo o entorno. Moradores e trabalhados da região contaram que não conseguiam sequer respirar.
Bangladesh – de maio a junho
Em maio e junho, a região nordeste de Bangladesh, particularmente as áreas de Sylhet, Sunamganj e Netrokona, foram severamente afetadas por enchentes, deixando dezenas de mortos.
Portugal – julho
Incêndios florestais ficaram mais devastadores como efeito das mudanças climáticas, segundo cientistas. Em Portugal, eles varreram a parte central do país, impulsionados por temperaturas superiores a 40 graus Celsius.
França – julho
Incêndios na França obrigaram 10 mil pessoas a deixar suas casas. O país, como o resto da Europa, sofreu dificuldades no verão 2022 com sucessivas ondas de calor e a pior seca já registrada. Dezenas de incêndios florestais afetaram diversas regiões do país.
Paquistão – agosto
Neve acima da média no inverno, enchentes no verão. O planeta deixou as consequências do desequilíbrio. A migração forçada, por exemplo, é um dos efeitos mais pungentes das mudanças climáticas
Estados Unidos – setembro
Furacões não são novidade para a região do Caribe e do sul dos EUA, mas a intensidade e frequência deles se torna maior como efeito das mudanças climáticas.
Estados Unidos – outubro
A falta de chuva no vale do rio Ohio e ao longo do Alto Mississippi, em Arkansas, fez com que o rio (ao sul da confluência do Rio Ohio) descesse a níveis recordes. O fenômeno prejudicou o tráfego de balsas, elevando os preços do transporte e ameaçando as exportações de safras e os embarques de fertilizantes.
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